sexta-feira, 21 de maio de 2010

Google TV incendeia a convergência de mídias

Ontem o GoogleTV foi lançado na conferência de desenvolvedores da empresa. O sistema não está pronto e deve ser aprimorado nas mãos do pessoal técnico pelo menos nos próximos dois anos e lembrar o caminho percorrido pelo Android até virar um produto de consumo em celulares.

É mais uma tentativa de juntar TV e Internet. O blog Zumo traz um bom apanhado do que existe ou existiu no mercado até agora com essa finalidade... desde as tentativas de web TV na época da bolha pontocom até os modernos sistemas que entusiasmam os mais novidadeiros.

Acho meio complicado esperar por uma popularização imediata desse mercado com o lançamento do Google TV. Será preciso esperar um pouco mais. Ainda não se tem idéia de quanto isso irá custar para o consumidor final. O sistema não roda na TV que temos atualmente e provavelmente será preciso algum penduricalho tecnológico e um ponto de acesso à Internet perto da estante da sala. Tudo isso envolve gastar algum dinheiro.

Vindo do Google, a gente pode esperar custos baixos nisso tudo. O problema é que fabricantes de eletroeletrônicos devem ser parceiros no esquema e esse tipo de empresa não tem a mesma visão sobre popularização que o Google tem. Pode haver problemas regulatórios nisso daí também, já que os países costumam dividir suas leis sobre Internet e TV e evitar que uma empresa seja concorrente de outra em outro ramo. Concorrentes não vão deixar isso acontecer assim tão facilmente e vão movimentar seus lobistas.

Porém, independentemente disso, há algo que vale a pena dizer nisso. Uma certeza mesmo.

A convergência de mídias está forçando a barra para se tornar realidade. O GoogleTV é uma voadora no peito do mercado atual.

Mais do que as empresas lançando produto. O que importa... o que realmente acontece... é que o consumidor está se lascando para o fato de algo ser web, TV ou celular.

Ele quer consumir video.

Em qualquer lugar e a qualquer instante.

Programas de TV, conteúdo capturado ou produzido por internautas numa webcam ou no celular e cinema começam a ser entendidos como apenas um produto do mesmo balaio.

A tela do computador, o celular ou a TV na sala são apenas formas diversas que permitem esse consumo. Como escrevi em 2007, o que está mudando é a forma de consumir video.

Hoje, isso se tornou obrigatório. Quem nunca pensou em coletar mais informações sobre o programa que está assistindo na TV ou ter acesso a seus amigos durante um jogo de futebol para detonar aquele cabeça-de-área ruim de bola?

É o tempero das redes sociais como Twitter, Facebook e Orkut.

É o nascimento da TV Social, como alerta essa reportagem do TechnologyReview? Provavelmente sim. Mas, tudo ainda como uma convergência geral e irrestrita no conceito "assistir video".

Tudo devidamente setupado para quando eu sentir saudades do tempo em que assistia televisão de forma passiva eu possa desligar a trolha e ficar babando na frente da tela sem vontade de fazer nada.

A maior vantagem do GoogleTV é que ele já nasce meio q resolvendo dois e encaminhando um dos três problemas que sempre afetaram o problema de TV interativa e t-commerce: a produção de conteúdo específico e o faturamento publicitário da bagaça parecem claros. É Google, é Internet... é tudo o que já conhecemos e que deu certo.

O outro, ainda meio nebuloso, é a briga por padrões técnicos de desenvolvimento. O Google seria mais um. Mas, novamente... É Google, é Internet... é tudo o que já conhecemos e que deu certo.

... e torna todo esse papo de convergência de mídias mais fácil de entender.

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