terça-feira, 29 de julho de 2008

A vagina memética

Uma tranqüila tarde no ginecologistas pode trazer experiências fantásticas... como um terremoto e uma inesquecível viagem pelo mundo da comunicação boca-a-boca (não deixem de clicar nesse excelente link q os levará ao blog Serendipidade). A americana Verdell Wilson tinha ido fazer exames de rotina com seu médico. Já havia chegado atrasada por complicações com seu ex. Até aí, tudo muito comum.

Adepta do microbloging Twitter
, ela digitava tudo que acontecia em sua rotina e suas frustrações eram visíveis para seus 83 seguidores. Tudo basicamente normal. Um pouco de bronca com a antiga vida a dois e umas brincadeiras sobre a função do doutor especialista. Mas, o susto ainda estava por vir.

Bem no momento em que estava com as pernas abertas e com o speculum na sua vagina, a cidade de Los Angeles foi sacudida por um terremoto de 5.4 graus na escala Richter.

"I am totally serious. My Ob/Gyn was IN my vagina and an earthquake started rattling the room!" (Estou completamente séria. Meu ginecologista estava na minha vagina e um teremoto começou a sacudir a sala)- twittou. Logo em seguida: " First earthquake paper gown, legs in stirrups" (Primeiro terremoto, vestido de papel, pernas nos estribos).

Ninguém sabe se um de seus colegas passou a história pra frente ou alguém pesquisando, no Search.Twitter informações sobre o tremor se deparou com tal... digamos... cobertura jornalística (muito)pessoal e inusitada. Provavelmente as duas coisas aconteceram simultaneamente.

Em poucos minutos, várias pessoas começaram a seguir sua história. Não faltaram elogios sobre o humor com que ela levou a situação. A vagina-terremoto chegou a ser um dos cinco termos mais procurados no mecanismo de busca do microbloging por algumas horas durante a tarde de hoje.

Quem avistou o meme primeiro aqui no Brasil foi a publicitária e jornalista gaúcha Gisele Honscha. Que prometeu postar também postou no próprio blog assim q possível .

Pode parecer esquisito. Mas, primeiro, 5.4 graus não é lá um grande desastre para uma cidade que vive em cima de uma falha geológica e pode a qq momento virar um imenso buraco. Eles estão preparados. Os prédios foram feitos para agüentar tal coisa. Por isso, o bom-humor da moça conquistou logo fãs americanos e, logo em seguida, no mundo todo. Tanto que o fato já deve estar espalhado em blogs já nessa quarta-feira. Exatamente às 22h de hoje ela já conta com 950 650 seguidores.

O caso é um bom exemplo de como a comunicação viral funciona. Boa mensagem, fato, simpático disseminador e tudo mais que se pode esperar de um meme... naturalidade, inclusive. E haja naturalidade nessa situação.

Eu não teria receio de usá-lo em uma palestra. Ele mostra tudo, desde a utilidade até mesmo a futilidade da ferramenta. Recomendo, apresente isso no palco, explique tudinho, e ganhe risadas e simpatia.

A história saiu há pouco no site especializado em tecnologia CNet.

Não sei bem o porque, mas os twitteiros brazucas passaram batidos pelo meme mais divertido desde quando estou no Twitter, há cerca de um ano e meio. Talvez, porque não se interessem por terremotos, vaginas ou memes verdadeiros.

Não sei, vou pesquisar a respeito.

UPDATE: Mais dois links sobre o caso

- Sobre como o Twitter supera a cobertura jornalística comum em eventos que exigem rapidez, detalhes e personagens.
- Uma coleção de links de experiências sobre o terremoto

5 comentários:

Anônimo disse...

putz, isto me lembra aquelas novelas que eram publicadas no finado planeta diário, em particular, "calor na bacurinha".

no segundo capítulo, a mocinha tava fazendo uma ux anal quando a terra tremeu. e ela achou que era tudo efeito, hum, do kovalsky, que estava providenciando a ux :p

Gisele H. disse...

Eu juro que também não entendi. Eu morri rindo e achei incrível a proporção da coisa!

Anônimo disse...

"Talvez, porque não se interessem por terremotos, vaginas ou memes verdadeiros."

Eu vi o caso ontem logo que a Gisele twittou. Não comentei porque não precisava, a história já estava consumada.

Mas mesmo assim tenho medo de terremotos e gosto das outras duas coisas tb.

Obrigado pelo link e abraços.

Jorge Rocha disse...

este caso já está na minha pasta "temas para palestras". acho q farei um streaming na ocasiao. mas sem terremoto.

Gisele H. disse...

Hmmm... não recebi seu pingback... =[

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