quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Sortes opostas no mundo virtual

Se vc acredita que o Second Life subiu no telhado, vou lhe dar uma informação que irá deixá-lo bem alegre. O site acaba de reportar a diminuição do tráfego. As métricas principais do mundo virtual da Linden Lab estão em queda notável pela segunda vez em todo o breve histórico da companhia, e quase que consecutivamente. Há uma diminuição do uso do site, comparando-se os meses de outubro e novembro de 2007.

Outubro
25 milhões de horas totais despendidas
559.820 mil avatares ativos

Novembro
24,5 milhões de horas totais despendidas
543.375 avatares ativos

A primeira queda tinha sido registrada em agosto de 2007. Esse retrospecto deixa muita gente desiludida com o Second Life e mundos virtuais afins.... mas, nem é pra tanto.

Na verdade, o que importa no Second Life é tudo O QUE ELE REPRESENTA, menos ele em si. Talvez o site vá pro vinagre mesmo, seja porque é elitizado, de aparência singela (se comparado com consoles de games, por exemplo), abrangente demais, pouco seguro, etc. Mas, os mundo virtuais estão longe da extinção.

Embora as notícias ruins não parem na Linden Lab -- outra empresa famosa do ramo, a Electric Sheep demitiu 22 empregados em dezembro. Isso representa cerca de 25% da força de trabalho. -- há um pouco de brilho nesse fim de ano apagado dos metaversos.

A luz nesse período vem de empresas da mídia tradicional que absorveram o conceito de mundos virtuais e estão conseguindo ter bons planos de negócio (e dinheiro para apostar neles). A Disney anunciou que irá criar 10 diferentes mundos virtuais nos próximos meses. Cada um consumirá algo entre US$ 5 milhões e US$ 10 milhões. Segundo reportagem do NY Times, a expectativa é replicar o sucesso do Club Penguin.

Já a Nickelodeon Kids and Family Group continua com US$ 100 milhões para investir em jogos on-line e plataformas de redes sociais baseadas nos títulos e personagens do seu portifólio. Nicktropolis, AddictingGames e Neopets devem ser os primeiros a receberem alguma injeção de capital, de acordo com o presidente da unidade de negócio, Cyma Zarghami.
  • (quando um jogo se torna on-line, possui vários cenários, personagens customizáveis, tem colaboração e é multiplayer... qual a diferença dele para um mundo virtual???)
Enquanto isso, o presidente da fabricante de chips Intel já fala em "The Third Life", durante a feira de produtos eletrônicos mais importante do mundo, que ocorre nos EUA. Paul Otellini e a banda Smash Mouth, em forma de avatares 3D, vão virar evangelizadores da tecnologia e do modo de vida virtual.

Como se nota, e eu sempre digo isso insistentemente, precisamos purgar o Second Life das discussões sobre mundos virtuais. O surgimento e a bolha do site da Linden foram (e são ainda) muito mais importantes para a história desse ramo do que seu provável sucesso ou fracasso. Os mundos virtuais continuam seguindo seus destinos, independentemente do Second Life.

1 comentários:

Lucia Freitas disse...

Oi, Giba
Acabei de chegar, por indicação do Jorge Rocha. Adorei.
Sobre o 2ndL: demorou, não? hehehehe
Mas o que vc diz procede. O importante não é o mundo virtual, mas o surgimento de um site destes a esta altura do campeonato. Vou afundar no trabalho e volto depois.
bj

Marcadores em Destaque

 
Template design by Amanda @ Blogger Buster