quarta-feira, 24 de março de 2010

A Geração Z

Por mais de uma vez nas últimas reportagens que fiz (e nem todas eram sobre Internet e tecnologias) esbarrei em dúvidas sobre a Geração Z. Esses, seriam os nascidos basicamente nos anos 90 ou pelo menos longe do negativismo da década perdida (anos 80). Mais do que serem fruto do celular e da Internet, eles vieram ao mundo na Web 2.0, na decodificação do Genoma Humano e num mercado de consumo no qual qq novidade já é lançada com prazo de validade vencido.

São filhos do Club Penguin, do GPS e do touchscreen. Herdeiros de um mundo cheio de catástrofes e conflitos transmitidos em tempo real pela TV ou pelo Twitter. Criados em uma mídia (tradicional ou nova) que os massacra com conceitos estéticos perfeitos e com celebridades descartáveis. São formados em um ensino de qualidade pior do que o da Gen Y, com professores que os proibiam de usar celular na sala de aula e simplesmente pareciam não entender o mundo tecnológico.

Não viram fronteiras na geopolítica nem nos limites impostos dentro de casa. Conviveram com pais dos mais dispersos que já foram vistos (ou pq são bananas mesmo ou precisaram se dedicar demais ao trabalho em tempos de poucos empregos... ou ainda, davam mais atenção ao iPhone novo e ao videogame).

O Z, na verdade, vem de zapping e não da letra após o Y.

É curioso esse conceito.

Eles não zappeiam. Eles até deixam a Tv ligada num desenho qq, jogam no computador, fazem lição e conversam no MSN ao mesmo tempo e mais do acharem normal, acham pouco. Parece que gostariam de gastar mais atenção com outras coisas ainda. Vejo isso empiricamente.

Segundo uma pesquisa recente, as crianças brasileiras da Geração Z gastam semanalmente na Web mais do que o dobro do tempo dispendido em um mês inteiro pela média do internauta
tupiniquim de hoje.

Tenho muita curiosidade de como eles irão evoluir, principalmente os nascidos no final dos anos 90. Pq, por exemplo, as redes sociais podem ser algo irritante para eles. Pais, professores, chefes e governantes estarão lá. Será uma réplica do mundo off-line. E, mais importante, não será um território a ser desbravado.

E como será a influência diante de tanta obsolescência de produtos e conceitos que viram qdo crianças? Descartarão tudo mais ainda ou se revoltarão e começarão a dar valor às coisas mais duradouras?

Não faço muita idéia do que pode ocorrer com eles. Mas, já começo a botar o tema em discussão com gente que conheço e preciso entrevistar para as reportagens que faço. Ainda não dá pra ter idéia, pq é preciso esperar que eles façam algum movimento novo que mostre um pouco do caráter deles. Vamos aguardar.

No entanto, a pergunta que não quer calar é: como será denominada a próxima geração após a Z?
pesquisinha ao lado.... (piada, OK?)

1 comentários:

Paulo Amorim disse...

Muito interessante este conceito da Geração "Z", "A", "nexters" ou outro nome mais pelo qual ela possa ser chamada. Uma coisa é certa, as organizações devem começar a aprofundar os estudos sobre esta geração e se preparar para o futuro. Fiz recentemente artigo sobre este tema, está em meu Blog www.atuarhamorim.blogspot.com. Bom Dia! Paulo Amorim

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