sábado, 9 de abril de 2011

Motoboys? Não, prefiro pomboboys

E se houvesse um jeito de substituir as motos por alguma inovação tecnológica? Essa não é uma pergunta solta no ar. É um questionamento para a solução de um problema atual. Quem mora em grandes cidades já deve ter pensado em como evitar o atual crescimento do volume de motos nas ruas. O veículo de duas rodas não é o problema em si. O problema é a situação de disputa por espaço e os acidentes causados.

Veja o video antes de continuar o texto. Vamos liberar os grilhões do problema.



Quem mora em SP sabe o que estou falando. Todos os dias há retrovisores a menos e vidas a menos por conta dessa briga no trânsito. Carros e motos duelam por centímetros e por segundos. Por aqui há uma para cada seis automóveis e acredita-se que, se mantido o ritmo de crescimento de três vezes em relação aos carros, em 2013 teremos 1 milhão de pilotos sobre duas rodas. Outras regiões enfrentam a mesma situação.

As motos são ágeis, menores, e, pelo menos as mais modernas, são até menos poluentes do que os carros que percorrem mais Km com menos combustível. Apesar disso, são mais problema do que solução. Isso ocorre porque simplesmente as cidades não foram projetadas para motos. Sem espaço, elas andam no meio dos carros e causam acidentes fatais.

Mortes já são ruins por si só. Mas, em um país onde falta mão-de-obra elas são ainda uma garantia de estagnação econômica (e é bom q se tenha isso na cabeça pq políticos e empresários costumam pensar mais em cifrões do que em vidas).

Em SP, e em toda grande cidade com forte apelo no setor de serviços, boa parte das motos são os motoboys. Em outras cidades não. Rio Claro, por exemplo, muitas motos servem para levar operários para a fábrica. Mas vamos nos concentrar em SP. Aqui, são profissionais que andam daqui pra lá com documentos a serem entregues em prazos mínimos. Velocidade e audácia no trânsito são parte da rotina deles.

Reduz isso.

São possíveis tetraplégicos, defuntos e amputados correndo contra o tempo para agradar o cliente. Meio medieval isso não? Lembra muito os operários da indústria têxtil no início da Revolução Industrial q podima morrer no calor das fábricas pq seriam substituídos como uma peça do tear mecânico. Não faziam falta.

Ess tipo de visão não encaixa no mundo de hoje que é mais humano.... apesar de tudo. Nos preocupamos com a vida alheia mais do que no tempo dos senhores feudais e dos protocapitalistas do século 19.

Como substituir isso?

Eu costumo, há anos, brincar que para diminuir o número de motoboys em SP basta ter banda larga. A inclusão empresarial trataria de eliminar boa parte dos envios de docs pra lá e pra cá simplesmente pq isso seria feito pela Internet.
Ainda hoje isso é uma verdade. Muitos documentos poderiam ser transformados em bits e transmitidos para outro lugar.

No entanto, isso não é 100% válido. Há papéis que precisam ser vistos da mesma forma que são fisicamente. Os bits não resolvem.... ou resolveriam se a digitalização, transmissão e impressão do outro lado fossem 100% confiáveis. Ainda há uma série de dificuldades para isso. Outros docs precisam ser assinados no original. Não pode haver qq tipo de cópia pq há questões legais q invalidariam o papel replicado. Enfim... só banda larga e cultura digital não resolvem.

Então, como aprimorar isso?

Pombos-correio!!!

É sério.

Escutei isso há anos de um empresário que comandava um rede de EDI, algo mais confiável do q a Internet... ainda hoje... apesar de mais caro.

Pombos?!?!

É... usar esses ratos de asa talvez não fosse o melhor. Essas aves são transmissores de doenças neurológicas. Não adianta resolver um problema para criar outro. Não adianta solucionar as mortes no trânsito e os acidentados na ortopedia e criar outras na neurologia.

Qual seria a saída?

Robôs-pombos. Sim. Uma rede de pomboboys para substituir os motoboys. Sem doença, sem acidente, sem retrovisores quebrados etc.

Não é algo que já está pronto. É algo para ir adaptando.

O robô-pombo da Festo do vídeo é uma saída. O problema é que apesar dos movimentos planos, parece que o treco não voa como o pássaro. Ele não é ágil, não desvia, não tem os reflexos de um pombo. Se fosse adotado para substituir os motoboys de SP provavelmente bateria numa antena de celular ou de TV e traria mais problemas do que soluções.

É preciso juntar isso ao estudo do MIT que pretende criar um sistema q "pense como um pássaro". Que desvie das coisas e aja como se estivesse numa floresta voando.

A união dos dois já seria mais da metade do problema resolvido. De resto, é preciso criar rotas e estrutura para o serviço. Esse primeiro é fácil com um GPS e até o rastreamento ficaria facilitado. O segundo é um pouco mais complicado. Mas, nada impossível. Seria preciso criar locais de decolagem e de pouso para os robôs.

Reformas em prédio seriam uma encheção de saco para os condôminos, porém seriam mais simples do que reformular todo o trânsito das cidades por causa das motos. O uso dos robôs seria feito pelas empresas de courrier, o q elimina a necessidade das teles investirem em banda larga (algo q é realmente ideal para a gente descartar). Os profissionais sobre duas rodas poderiam ser incluídos na indústria de serviço e não correriam o risco que correm no trânsito louco de hoje.

O maior problema é q isso não está OK. É uma solução para uns cinco anos. Mas, quanto tempo demoraria para adaptar as cidades às motos?

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